Difícil escrever sobre Veneza sem parecer chover no molhado.
Mas, como foi a primeira vez que eu a vi, então ainda tô no direito de ficar abestalhada.
Não é de cara que a cidade te pega, demora um pouco. No primeiro dia não a vi de fato, estava mais preocupada em olhar o mapa, não me perder, não perder as crianças e não enfiar o pé na lama.
No outro dia já não olhei o mapa, o objetivo era mesmo se perder. Olhei para frente, olhei para cima, parei para olhar os becos e as pessoas. Aí a cidade me pegou. Sentei em um dos milhares cafés e fiquei vendo o mundo inteiro passar. Fizemos isto muitas vezes. Aliás, para mim, viajar é mesmo sentar em um café e ver a vida diferente da minha passar. Adoro.
E os canais existem de verdade, sempre achei que havia um certo exagero quando me contavam que a cidade era entrelaçada por canais. Achava folclórico quando me contavam que haviam os gondoleiros. Mas é tudo verdade, e está tudo lá há muitos séculos. Só esperando mais um visitante para ficar com o olhar paralisado. Veneza é uma velha senhora vaidosa que nunca fez plástica. Está toda enrugada, segura uma piteira na mão, usa uma maquiagem meio vulgar e um vestido muito chique já puído. E dentro dos olhos desta mulher, um milhão de vidas vividas e histórias fascinantes que só ela sabe.
As minhas filhas amaram. Se sentiram fazendo parte de uma grande brincadeira de se esconder e se achar. Andar por um labirinto sem carros e cheio de pontes que pareciam de brinquedo, com barquinhos engraçados passando pra lá e pra cá. Ao final, a praça San Marco, um grande circo de turista, vendedores de bugigangas e música saindo dos restaurantes chiques. Ir para Veneza a cada dia era ir brincar lá fora.
Dri, que lindo esse post!!!!
ResponderExcluirAmei e fiquei morrendo de vontade de me perder por esses becos!!!
Saudades de você!!!!
Bjokas
Saudades Tasa, vem se perder sim! bjs
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