quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Ser fiel ao simples, perto e fácil.



Quando eu trabalhava na Incentive House, lá na pré-história, o conceito de Fidelização começou a ser utilizado para vender produtos de marketing. A gente vendia para os clientes programas  para que seus próprios clientes voltassem a comprar. O exemplo que todos conhecem são as milhas das Cias aéreas.
Desde então este conceito de ser Fiel à algum serviço se espalhou pelo mundo afora e hoje, até o cabeleireiro do bairro distribui aqueles malditos cartõezinhos que você vai fazendo xis e quando completa tudo, ganha, sei lá, um xampu de graça. Mas é lógico que a gente nunca completa porque a gente perde o cartão antes mesmo de terminar de ler qual seria o prêmio.
Como toda ideia inovadora, estes programas de fidelização foram copiados a exaustão até virar carne de vaca e perder todo seu valor.
Estes dias fiquei pensando o que me leva ser fiel a alguma loja, perfume, cinema ou seja lá o que for. Chequei a conclusão que sou  fiel somente a aquilo que me trás conveniência. Não quero prêmios miraculosos, catálogos ou salas vips.  O que nos torna fiel é o fato de ser perto, fácil e bom. Simples assim, para desespero dos marketeiros.
Outro dia precisei  de um dentista aqui na Suiça, liguei para o consultório e com o meu melhor alemão tentei explicar para a secretária que minha filha tinha lascado um dente e que precisaríamos de uma consulta. Lascar dente em alemão não é uma coisa fácil de se dizer ao telefone e obviamente a conversa se complicou. Foi então que veio a luz. A secretária ao perguntar meu nome, percebeu que eu poderia ser brasileira e perguntou:  - falas português?    SIM!!! então tudo mudou, a conversa flui e me tornei a cliente mais fiel desta dentista e nem sei se ela é boa. Motivo? a secretária me entende e isto, aqui na minha vidinha, não tem sala vip que pague.








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