quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Prá lá e prá cá
Estou relendo o livro da Zélia Gattai chamado Anarquistas Graças a Deus. Um livro delicioso e leve sobre a história da família dela quando chegou a São Paulo e se instalou na Alameda Santos. A cada página que leio me transporto para aquele pedaço da cidade que eu conheci tão bem por trabalhar durante anos na al. Bela Cintra, quase esquina da Santos. No livro, a história acontece em 1912 e a avenida Rebouças é de terra, cheia de chácaras. O pacaembu uma várzea perigosa e pantanosa. Inacreditável.
Fico imaginando aqueles italianos descortinando a cidade, cheio de filhos e sonhos.
Ao mesmo tempo e muitos anos depois, a cada dia conheço mais brasileiros morando nesta terra Suiça. Um processo ao contrário do que ocorreu no inicio do século passado no Brasil porém, com objetivos semelhantes.
São famílias, assim como a minha, que vieram para cá também em busca de uma melhor condição de vida. É claro que as condições são absolutamente diferentes, mas o sonho é bem parecido. No fundo, no fundo, estamos aqui em busca de melhores trabalhos, mais segurança, mais justiça social. Nunca tinha me imaginado uma emigrante. Palavra engraçada que denota algo em permanente movimento. Dolorido mas bom.
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