Aterrisagem

A segunda chegada a este país é bem diferente da primeira.
Depois de três semanas no Brasil podemos dizer que temos que nos adaptar a algo já conhecido, porém não menos difícil.
Na primeira chegada havia o desconhecido, o instinto de sobrevivencia mesmo, um permanente estado de alerta durante meses. Parecíamos marcianos que, por engano, tínhamos aterrisado em outro mundo.
Agora de volta, já não temos o desconhecido tão apavorante pela frente mas sim a real  dimensão da saudades e da distância .
As crianças pela primeira vez  entenderam que não estão fazendo turismo de aventura mas sim vivendo  em outro país e isto doeu. Dói. Mas nem tudo é triste. Estar novamente em casa é prazeiroso. Voltar a uma rotina, por mais estranha que ela ainda nos pareça também é confortante.  E este país é lindo também no outono.
Agora é olhar pra frente, deixar o tempo agir.